Se você acompanha os noticiários já deve ter ouvido falar sobre o aumento de casos de febre amarela no país, certo?

Conversamos com o professor Doutor Mário Luis Pessoa Guedes e com Priscilla Marques Arruda, coordenadora do curso Controlador de Vetores e Pragas Urbanas do CEPNKA, a escola da FACOP, para esclarecer uma pouco mais sobre essa doença e quais os cuidados que devemos ter.

A febre amarela é uma doença causada por um vírus, transmitido por mosquitos e não é contagiosa. Seus principais sintomas são dores no corpo, náuseas, vômitos e, principalmente, febre. Pode levar a óbito caso não exista o acompanhamento médico.

Preciso me vacinar?

Apesar de não existir tratamento específico para a doença, a melhor forma é se prevenir, através da vacinação.

No atual cenário da doença no Brasil, as autoridades do Ministério da Saúde (MS), consideram Curitiba e os Municípios da Região Metropolitana locais sem a necessidade imediata de vacinação. Mesmo assim, para atender ao aumento da procura da vacina nos postos de saúde, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) adotou medidas com o objetivo de fazer o melhor uso das vacinas.

No entanto, é sempre muito importante buscar um profissional da área quando surgirem dúvidas quanto à vacinação, viagens para locais considerados de risco (nacionais e internacionais) e possíveis sintomas da doença.

Até o momento, os locais de transmissão do vírus da febre amarela registrados estão nos estados do Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. O Ministério da Saúde encaminhou aproximadamente 54,6 milhões de doses da vacina para todas as regiões do Brasil para que todos possam se vacinar.

E os macacos, são vilões?

Outra polêmica que surgiu com o aumento no número de casos diz respeito aos macacos. Mas, e o que os macacos têm a ver com isso?

A febre amarela pode ser transmitida para o ser humano em locais de mata ou nas cidades.

Nas cidades ela é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti (o mesmo que transmite o vírus da Dengue), muito embora, no Brasil, até o momento, não tenham sido registrados casos da doença em áreas urbanas. Nas áreas silvestres os mosquitos contaminados são dos gêneros Sabethes sp. e Haemagogus sp. e são os responsáveis pela infecção de seres humanos e macacos.

Os primatas também são vítimas, assim como os humanos e são considerados sentinelas no ciclo da febre amarela, ou seja, eles adoecem e/ou morrem quando infectados pelo vírus, indicando que a doença está nas proximidades. Dessa forma, os órgãos de saúde podem agir imediatamente na prevenção da transmissão da doença para os humanos. É importante lembrar que agredir ou matar macacos é crime ambiental.

Portanto, os macacos também são vítimas e as melhores formas de evitar a transmissão da doença são a vacinação e a prevenção da procriação de mosquitos nas nossas residências.

Quer saber mais sobre mosquitos e vetores?

A FACOP oferece aos interessados um curso de capacitação profissional para Controladores de Vetores e Pragas Urbanas. As aulas iniciam em fevereiro, oportunizando aos alunos conhecimento aprofundado sobre as práticas de controle, biologia, ecologia, manejo integrado de pragas – MIP e muito mais. Esperamos o seu contato.